Um mundo onde a tendência imparável é a massificação generalizada dos desejos e dos produtos, é um mundo onde até as novidades nos parecem mais do mesmo, onde o desejo desnorteado pela subtilidade das diferenças se vê desejando mais desejo numa tautologia maníaca que substitui o produto pela marca, o bom pelo conhecido.
Há assim vinhos perfeitamente inseridos neste contexto, macios, aveludados, elegantes, mesmo sofisticados e badalados, bons ou menos bons, são ‘mais do mesmo’, são vinhos no plural que se dirigem a todos, em qualquer altura...
E depois há o BRUTALIS, que se dirige a todos, mas só de vez em quando.
O BRUTALIS é um vinho que sem ser propriamente deselegante e ‘super-extraído’, se apresenta à primeira vista como um calmeirão com cabelos no peito, que vai direto ao assunto, não se dispensando no entanto de subtilezas e boas maneiras, enquanto lhe bombardeia os sentidos com uma rajada bem polida de exageros – é uma verdadeira mão de ferro numa luva de veludo.
Um vinho para aqueles momentos em que estamos fartos de tudo e não queremos mais do mesmo.
É um vinho duro, que não quer agradar a todos e que não recorre a açúcar adicionado para agradar a papilas gustativas viciadas.
Representa uma filosofia mais desprendida e independente e seria na nossa opinião este o caminho desejável para o setor em geral...
Lançado apenas em anos de qualidade muito elevada, este tinto é excelente parceiro de pratos condimentados de carnes vermelhas e de caça de pelo, cozinha oriental picante e queijos de sabor intenso.
Várias vezes premiado em concursos nacionais e internacionais, recebeu medalhas de ouro no Challenge Internacional du Vin, França, pela colheita de 2013 e no Internacional Awards Viturs, Espanha, pela de 2015.
É um aliado na sua garrafeira.