Esta quinta-feira à noite saberemos o nome do vencedor da S.Pellegrino Young Chef Academy Competition 2022-23. Nas horas agitadas dos dois dias da Grande Final, o FineDiningLovers.com aproveitou para falar com o finalista ibérico Nelson Freitas e com o seu mentor, Filipe Carvalho. Freitas ganhou a final regional em novembro, conquistando os jurados com o prato de assinatura "Salmonete crocante, ouriço-do-mar e alho preto caseiro", inspirado no seu amor pelo oceano.
(Foto à direita: Nelson Freitas e o mentor Chef Filipe Carvalho)
Os 15 finalistas Erick Bautista (América Latina e Caraíbas), Raúl García (região da Europa Ocidental), Anton Lebersorger (região da Europa Central), Marcus Clayton (Reino Unido), Robin Wagner (região do Pacífico), Pierre-Olivier Pelletier (região do Canadá), Jet Loos (região do Norte da Europa), Daniel Garwood (EUA), Yi Zhang (China Continental), Ian Goh (Ásia), Grigoris Kikis (região do Sudeste Europeu), Nelson Freitas (região ibérica), Mythrayie Iyer (Orien Médio Oriente e Sul da Ásia), Michele Antonelli (Itália) e Camille Saint-M'leux (França) reuniram-se em Milão, juntamente com os seus mentores, para mostrar toda a criatividade e talento ao júri formado por Pía León, Riccardo Camanini, Hélène Darroze, Vicky Lau, Julien Royer, Nancy Silverton e Eneko Atxa, que será responsável por escolher o Chef mais talentoso do mundo com menos de 30 anos.
Nelson Freitas
Nelson, fala-nos da emoção de estar aqui em Milão, na grande final deste concurso.
Estou entusiasmado, um pouco nervoso, mas muito feliz e orgulhoso por estar aqui e por representar os países ibéricos. É a primeira vez que um chef português chega à final internacional: estou muito orgulhoso do que fiz com a ajuda do meu mentor Filipe Carvalho e da equipa do Fifty Seconds [restaurante do chef Martín Berasategui onde o Jovem Chef trabalha]. Já conheci muitos outros finalistas de todo o mundo, tem sido uma experiência única.
Qual foi a melhor coisa desta experiência?
Embora tenha sido muito trabalhoso, o processo em si foi a melhor parte desta experiência: desde a ideia do prato até aos fantásticos chefs que tive a oportunidade de conhecer, foi realmente maravilhoso.
Chef Filipe Carvalho, como mentor, que conselhos deu ao Nelson para aperfeiçoar o seu prato?
Tive em conta todas as sugestões que ele me deu (os sabores do mar, os sabores do peixe de Viana do Castelo, de onde o chef é natural) e ajudei a que a ideia dele ganhasse força - ele estava muito empenhado e trabalhava no prato nos seus dias de folga. Também incluímos o prato na ementa do nosso restaurante, pois a melhor forma de nos educarmos é ouvir a opinião dos nossos clientes.
Têm um amuleto da sorte para a final?
O nosso único amuleto chegou esta quarta-feira: é um ouriço-do-mar que vem diretamente de Viana do Castelo, arriscámo-nos a trazê-lo na véspera da apresentação para garantir que está o mais fresco possível. Caso contrário, terei de ir à pesca!