A Península de Setúbal varia entre zonas planas e arenosas e a paisagem mais montanhosa da Serra da Arrábida. É aqui que nasce o Moscatel de Setúbal, um dos vinhos mais reputados de Portugal.
Os solos são igualmente heterogéneos, alternando entre as areias finas e profundas das planícies e os solos calcários e argilo-calcários da Serra da Arrábida.
O clima da região é claramente mediterrânico, com verões quentes e secos, invernos amenos mas chuvosos, e humidade elevada. Só a Serra da Arrábida, pela altitude elevada e pela proximidade ao mar, beneficia de um clima de feição mais atlântica.
A Região Vitivinícola da Península de Setúbal (IGP Península de Setúbal) compreende as denominações de origem: Palmela e Setúbal. A denominação ‘Setúbal’ está reservada para os vinhos Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo.
Os vinhos tintos de ‘Palmela’ baseiam-se na casta Castelão, de presença obrigatória na denominação, casta que oferece o melhor de si nos solos arenosos quentes e soltos de Palmela, ganhando uma complexidade e profundidade que só raramente consegue alcançar fora da região.
As duas castas brancas dominantes são o Arinto e Fernão Pires, bem como o Moscatel Graúdo, destinado sobretudo aos vinhos generosos da região. Nas castas tintas, evidenciam-se o Castelão e a Trincadeira.
A Sociedade Vinícola de Palmela (SVP), fundada em 1964, iniciou em 2021 uma nova estratégia, com a entrada no capital da empresa de Vasco Guerreiro, empresário há muito ligado ao setor.